domingo, 11 de abril de 2010

Nostalgias enterradas!


Quem é visto é lembrado! E eu vi! Minha respiração de imediato se ofegou, pernas trêmulas, borboletas no estomago. Pensamentos perdidos na intensidade e agilidez do tempo, cinco segundos, foram tudo o que vi. Tudo rodou tudo parou, coração disparou. Finalmente sentei, enfim respirei. Suspiro profundo aliviado angustiado. Senti então corpo, mente, alma encharcada, chuva fria e misturada ao vento – igual à cicatriz exposta! Coração dolorido, todo esforço banido – o que faz as lembranças aqui, por que agora? Malditas boas lembranças, bendita nostalgia. Enquanto olhava o céu puramente nublado, a meu ver – o céu mais lindo que já vi tons de cinzas, brancos e pretos, misturando-se a mim. Tão mais lindo assim, sem cor. E não é preciso de cor pra se fazer presente, prefiro assim. Quanto menos cor, menos pessoas, menos barulho, menos conversa, menos lembranças. Caindo do céu, hesitei (...) por um instante, senti o que nunca tinha sentido antes, desejei que tudo fosse apagado da memória e por fim enterradas. Exatamente todas as lembranças que me ficaram, as más e boas - lembranças não curam cicatrizes. Agora eu sei! Por favor, mais uma dose de morfina ao coração e relaxa – amanhã tem mais!

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