E o que ficou daquilo tudo. Daquilo que acreditei ser inderrotável, que fazia jus aos meus sorrisos. O que era pra sempre, pra sempre se perdeu. Se perdeu entre os dias, dias supostamente desgastados, dias cansados. E o que ficou, ferida não cicatrizada que lateja louca em tempos chuvosos, ou até mesmo ensolarados, tanto faz as previsões do tempo não me ajudam mais. Não é preciso prever que amor deixa dor no final. Se faz querer ser forte, ser justa e previsível, mais o corpo é imprevisível, enfraquece encolhendo-se, procurando por abrigo longe do desespero. A procura é insana, não se abriga dor, nem se foge dela. Ela continuará atormentar, e se manifestará em momentos propícios - chuva, sol, outono, inverno, verão, ao fim de tarde, as boas vindas à lua, na melodia da canção, a união dos corpos, e no desejo provado com tanto fervor. Agonia, dor e solidão, tomam lugar do sangue nas veias. Percorrendo o corpo inteiro, com um único destino, um lugar pra se hospedar. Bem ali, no coração! Um coração limpo e esperançoso, cheio de paz e bem querer. Então diante de impurezas e feridas abertas, somos obrigados a nos adaptar, a fim de amenizar a dor. Mas, uma vez ferida feita, coração sempre dolorido ficará. Ainda que o tempo passe, e as feridas cicatrizassem sozinhas, elas fazem questão de doer. E o que nos resta, fazer-se adeptos a dor, procurando manter o equilíbrio entre mente e coração, a fim de apaziguar a guerra entre, passado e presente!
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