quarta-feira, 27 de julho de 2011

Ser assim

Se você perguntasse para algumas pessoas (que não lhe conheçam muito bem) como elas definiriam o seu jeito de ser, baseadas na sua aparência, será que a descrição delas seria coerente com o que você realmente é?! Ou seja, no seu trabalho, na rua, nos lugares onde você costuma ir para se divertir e conhecer pessoas (e até possíveis futuros parceiros), as pessoas conseguem ter uma idéia verdadeira de como você é: seu jeito, temperamento, personalidade, etc.?



Creio que tal reflexão seja da maior importância, pois quanto mais diferente for à impressão que você passa comparada com o que você tem dentro de si (seus pensamentos, desejos, crenças e valores), mais difícil se tornarão as suas conquistas.


Esse é um pequeno pedaço do artigo escrito por Rosana Braga, e é dentro dele que quis parar. Penso se somos aquilo que queremos, mostramos nossa verdade? Em geral acredito na ficção, porque a saída mais fácil esta em virar personagem da vida real. Dar a cara tapa pode ser bem perigoso, colocam em risco muitas coisas, profissão, personalidade, orgulho, até mesmo “status”. Pode ser bem difícil colocar a verdade à tona, mais esconder para sempre lhe trará alguma coisa? Entre orgulho, medo e status, eu prefiro é ser feliz. Não ter medo de ser quem é pode lhe trazer a mais pura sensação de ter a vida viva, de poder respirar tranqüilo, e sentir que agora sim, agora eu começo a viver! De longe eu vejo e sei, provoco choques, as reações são as que eu já esperava. Na vida a gente tem dessas coisas, há momentos em que nos vemos tão desesperados que omitir parece à melhor solução, deixar as verdades de lado e se entregar a outra coisa. O tempo extremado nos faz meter pés pelas mãos e empurrar com a barriga aquilo que parece estar bom, melhorar nem pensar... E que de tanto esconder, esquecemos de quem somos, e da onde viemos... RUIM assim! Motivos ou não eu creio que a magia está na arte de ser quem realmente se é, viver para crer é assim que se diz? É assim e pronto, temos uma única vida, então escolha fazer dela a mais verdadeira possível, feliz de quem nos conhece de verdade, sabe o que gosto, quem eu sou, e o que eu quero. Ah! Há ainda tanto para mostrar... Então não seja farsa, aproveite o que de melhor a vida te dá, VOCÊ MESMO.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Mude

Há quem diga que tem medo das novidades, fazer o que se é novo assusta, a ansiedade transborda dentro da gente, querendo e não querendo mudar. O medo torna-se tão grande que o pensamento automático pede que não de certo, que continue do jeito que está ta boa... Sempre esteve. As sensações são efusivas maiores que eu e que minha capacidade, penso, sinto assim. Se não der, melhor, continuo no lugar e me aqui moldo dentro do que já conheço o que apenas conheço. Lidar com o que já sabemos é fácil, mas as opções existem, as coisas não são para sempre, obstáculos ou o que chamamos de imprevistos acontecem o tempo todo pedindo, gritando por MUDANÇAS. Precisamos estar atentos aos chamados, não preparados mais abertos, ao o que tiver que vir, virá. As tentações são boas, pede AÇÃO, MOVIMENTAÇÃO, sair do lugar já é um começo, querer sair então melhor ainda. Um passo daqui, um passo dali, CORAGEM! Acreditem, as novidades amedrontam. Mas a adrenalina de conhecer o desconhecido gera a satisfação, o bem estar de realizar o que nunca foi vivido ou feito. Quero mais, quero o melhor. Quero o que não conheço. Deixe entrar na vida, conhecer outros caminhos, outros olhares e sorrisos. Descobrir dons que nem ao menos sabia que tinha, é assim. A gente acorda todos os dias, sujeito a imprevistos, então se livre da mesmice, permita respirar ar novo, outros sabores, novas cores. A vida pode ser feita de escolhas, escolha viver de novo, do novo, as chances são sinais de que a vida esta a nosso favor, pós e contras. Por de trás da JANELA, o horizonte é imenso, abra pule-a ou saia pela porta, mais saia. Mude o caminho, desvie o atalho, deixe a curiosidade te levar pra onde ela quiser, a partir daí passamos a querer sempre, todos os dias um dia diferente!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Deixa ir e vir

Então assim, repetimos as ações. Quando o dever é proteger quem amamos, permitir felicidade. Que seja feito, se deixo ir é porque realmente te amo. Tudo acontece talvez desta maneira, onde não escolhemos muito bem o que queremos, mais temos o que precisamos, essa é a lei. Ter algo com a gente só porque nos faz feliz, não quer dizer que a “coisa” também esteja feliz. O que é bom para mim, pode não ser necessariamente bom para o outro. Perguntamos então se cabe a ela a mesma felicidade, alegria e serenidade que a minha? Ficamos tão obcecados por aquilo, que esquecemos. Acontece com todos sem exceção, nossa própria felicidade nos permite ser um pouco egoístas, será? Abrir mão do que amamos não pode ser tão ruim assim, se for para o bem de tal; ver quem amamos feliz pode ser nossa maior felicidade, deixar o que amamos fazer por ter que fazer outra coisa que pode me fazer bem também. Falando assim soa delicadamente suportável. Mas é no decorrer do tempo que recebemos a recompensa, Caio Fernando Abreu diz: “Deus não te tira às coisas, apenas... te livra delas”. Acreditamos no que queremos ver, talvez não seja... Mas se eu acreditar talvez aconteça? Chamamos de fé, querer é poder, essas coisas ai. Desviei a conversa, a atenção e o pensamento. Em dias de decisão a cabeça da gente trabalha demais, sofre demais. Corpo exausto, mente exausta. Esperar pelo que deve ser ir atrás do que eu quero que seja o que é bom para mim, o que é bom para o outro. Desejar que as coisas passassem rápidas demais e logo isso tudo acabe, que eu não veja o fim e suporte o começo de uma vez. Ou que passe tão devagar para que não chegue o fim, despedidas eu não suporto. A gente tem disso a vida toda, deveria ser mais fácil, costume dar adeus e pronto. Mas dói, a gente remói até que algo mais forte nos pegue, passamos a deixar de lado o que nos remoia antes. Não gosto dessas coisas, dar tchau ao que nos faz bem, adeus melhor dizendo. Se tudo fosse do nosso jeito, acolheria todas as despedidas e faríamos uma festa de boas vindas. Mas é do tempo, é da vida as coisas vão e voltam, vão e não voltam. Vão quando menos esperamos, elas voltam, voltam para a vida ou voltam apenas em sonho, o que se torna realidade enquanto dormimos. O que é nosso nunca se vai para sempre, ou se vai. Então só agradecemos por ter sido, por um tempo. Mas foi. Quem sabe um dia ainda seja!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Lágrimas do céu

O céu estaria em prantos? Em dias como esses o céu ponha-se a chorar. Chora sem parar e aqui embaixo julgamos e reclamamos o bastante para ele chorar mais ainda; nada está bom, nunca satisfeito, o que querem afinal? Por quantos dias ele permanece em silencio guardando tudo pra si, despejando de uma vez só por apenas não poder suportar mais. Falamos de céu e chuva. Falamos de nós. Assim como o céu, acumulamos tantos sentimentos e apesar dos pesares secamos. Ou nos fazemos secar. Passamos então a trancar a sete chaves aquilo que nos magoa, nos angustia e nos entristece. Isso faz de nós: Fortes? Insensíveis? Cruéis? Não sei, acho que faz apenas parecer mais fácil de encarar o que quer que seja. Chorar pelo que nos faz sentir, não me parece tão ruim assim. Mais será que consigo fazer isso? Chorar quando me der vontade e não guardar pra amanhã, daqui a dois meses, ou alguns anos. Difícil é aceitar fragilidade, pedir ajuda colo, ombro de alguém. A gente se doa tanto pelos outros, fazemos tantos pelos outros, mais o que queremos e merecemos alguém sabe? Quero um colo que me faça sentir segurança, quero um porto seguro onde eu possa ter paz. Quero mais sensibilidade e coragem. Quero chorar pelo que se perdeu e gritar se for preciso, não quero deixar para amanhã a angustia de hoje, a tristeza, a dor de hoje. Preciso chorar por aquilo que se foi sem eu notar, e ter a chance de pedir para ficar, quero o que me foi tirado com crueldade. A felicidade que me foi roubada. Aliás ela deve estar por aí em algum lugar, me esperando. Prontinha pra mim. Até eu a encontrar, desejo passar por tudo com coragem e aceitação, que o tombo de hoje não me faça desistir e que a dor me de a força para levantar e continuar. Se, quero chorar então porque não agora? Mostrar-se humano, não sou maquina nem sou de aço. Ser humano, frágil e mortal como qualquer um. Chorar não me faz parecer mais estranho do que já sou, me faz parecer real. Quando as impurezas ou até mesmo alegrias, escorrem pelo rosto, é bom estar sentindo, estar vivo. Não ter vergonha nem medo é um grande passo, não deixe endurecer-se por vergonha. Mostre à que veio, este mundo é seu também. Deixe que o nó da garganta se desfaça através dos olhos, o coração e a mente agradecem.  O que te faz chorar? Você já chorou hoje?