terça-feira, 12 de julho de 2011

Deixa ir e vir

Então assim, repetimos as ações. Quando o dever é proteger quem amamos, permitir felicidade. Que seja feito, se deixo ir é porque realmente te amo. Tudo acontece talvez desta maneira, onde não escolhemos muito bem o que queremos, mais temos o que precisamos, essa é a lei. Ter algo com a gente só porque nos faz feliz, não quer dizer que a “coisa” também esteja feliz. O que é bom para mim, pode não ser necessariamente bom para o outro. Perguntamos então se cabe a ela a mesma felicidade, alegria e serenidade que a minha? Ficamos tão obcecados por aquilo, que esquecemos. Acontece com todos sem exceção, nossa própria felicidade nos permite ser um pouco egoístas, será? Abrir mão do que amamos não pode ser tão ruim assim, se for para o bem de tal; ver quem amamos feliz pode ser nossa maior felicidade, deixar o que amamos fazer por ter que fazer outra coisa que pode me fazer bem também. Falando assim soa delicadamente suportável. Mas é no decorrer do tempo que recebemos a recompensa, Caio Fernando Abreu diz: “Deus não te tira às coisas, apenas... te livra delas”. Acreditamos no que queremos ver, talvez não seja... Mas se eu acreditar talvez aconteça? Chamamos de fé, querer é poder, essas coisas ai. Desviei a conversa, a atenção e o pensamento. Em dias de decisão a cabeça da gente trabalha demais, sofre demais. Corpo exausto, mente exausta. Esperar pelo que deve ser ir atrás do que eu quero que seja o que é bom para mim, o que é bom para o outro. Desejar que as coisas passassem rápidas demais e logo isso tudo acabe, que eu não veja o fim e suporte o começo de uma vez. Ou que passe tão devagar para que não chegue o fim, despedidas eu não suporto. A gente tem disso a vida toda, deveria ser mais fácil, costume dar adeus e pronto. Mas dói, a gente remói até que algo mais forte nos pegue, passamos a deixar de lado o que nos remoia antes. Não gosto dessas coisas, dar tchau ao que nos faz bem, adeus melhor dizendo. Se tudo fosse do nosso jeito, acolheria todas as despedidas e faríamos uma festa de boas vindas. Mas é do tempo, é da vida as coisas vão e voltam, vão e não voltam. Vão quando menos esperamos, elas voltam, voltam para a vida ou voltam apenas em sonho, o que se torna realidade enquanto dormimos. O que é nosso nunca se vai para sempre, ou se vai. Então só agradecemos por ter sido, por um tempo. Mas foi. Quem sabe um dia ainda seja!

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