sábado, 12 de novembro de 2011

Falta alguma coisa

Alguma coisa anda me apertando aqui, e não é fome nem sutiã apertado não, não sei ao certo o que, mais sufoca aos poucos. Intercalando entre uma surpresa e outra, surpresas independentes de serem boas. Digo essas que deixam a gente meio pasmo, sem resposta nem ação, encaro umas e outras por dia ultimamente. Olha que o bicho é pesado e tem fome de leão. O difícil é não saber o que fazer - não se importar e doer-se depois, responder e gerar um caos no momento (e depois). Discussõezinhas que se arrastam e vão atropelando tudo que tem de simples e bom pela frente, ô coisa pra vira um dia inteiro de pernas pro ar! Vira o dia e a noite, tira a cabeça do lugar e balança o coração. Quero que passe, passe logo vai passar. Eu sei, ele sabe, nós sabemos, todos sabem, mais quem é que agüenta esperar. Com o tempo a gente abre buracos no chão de ansiedade, e por um momento se enfia dentro sem tempo certo pra sair. É complicado lidar com coisas assim, to na casa dos vinte e pouco anos e acho que já sei tanto sobre tudo, mais nem ao menos tenho algo concreto na vida, bens materiais sabem? E bens materiais são importantes, tem horas que penso que são mais necessários que um próprio amor, amor pelo próximo digo, meu amor por mim eu tenho desde... Não sei quando, mais tenho, já tive menos, hoje em dia tenho e muito, como diria meu amigo, Caio Fernando Abreu: “Colei aquele “Eu Te Amo” no espelho, era pra mim mesmo!” Eu não colei, mais penso em colar, acordar sair da cama espreguiçar olhar-me no espelho e me amar, parece parcialmente bom, mais ao mesmo tempo meio solitário não? Acho que de solitário todo mundo tem de monte, falta sempre alguma coisa, falta amor falta dinheiro, falta amigos, falta tempo, mais o que nunca falta é gente por ai reclamando de barriga, bolso, e coração cheio. Deixa deixa a males que vem para o bem, as coisas desandam quando menos se espera, viram pó e não há mais nada que possa se fazer, tentar ou se contentar depende muito, de tudo e nada!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Mais do que ganhar, é saber aproveitar!

Iniciamos a semana com os nervos a flor da pele. Pois é, estamos exatamente a uma semana dos nossos dias de férias. Férias sim, apesar de todo empenho, compromisso e responsabilidades, entraremos em férias, alguns dias equivalente a digamos uma vida inteira. Uns dias de experiências de conhecimentos, oportunidades e mais que isso, nosso reconhecimento. Passeando por ai, navegando melhor dizendo vasculhei uma porção de lugares, os mesmos que não me impressionaram muito, não mais do que já estive. Penso que tendo alguma coisa em mãos a gente faz dela o que quisermos, um assunto nas entrelinhas era o que eu precisava para que assim me pudesse surgir idéias. Como em jornais de filmes e desenhos animados: Extra! Extra! Informo que as noticias são as mesmas, não falo só as de hoje, mais de ontem amanha e sempre e não é negativismo não, realismo penso. Vandalismo, assassinatos, injustiças, doenças, corrupções, futilidades blábláblá. Chato não? Importante é saber o que se acontece por ai, mais rola um cansaço da mesmice sabe?. Historias com inícios meios e fins idênticos, algumas alteraçõezinhas mais nada que indignasse demais, não mais do que já estivemos. A impressão é que já vimos ou ouvimos de tudo um pouco, nada surpreende mais, surpresas hoje em dia não existem, digo num mundo onde existe CTRL C CRTL V o que mais se há de esperar? Parece que acontece na vida real, copiamos fatos ações situações de alguém e colamos na vida da gente, no meio de uma conversa intensa ou curta nos pegamos comparando nossa vida com dos outros. Talvez nem fossemos tão vulneráveis assim, mais de alguma maneira ficamos a mercê da vida exposta, e os segredos já não são trancados a sete chaves, alias não existem mais segredos conta-se tudo a todos, as novidades e noticias voam, e voam além do destino a ser entregue. Passa rápido, e despercebido assim como o tempo que temos. O tempo que ganhamos ou perdemos, e isso acontece de diferentes ângulos, depende muito da espessura ou tamanho do papel. Tenho pra mim que mais do que ganhar é saber aproveitar, assim como todas as oportunidades que aparecem no caminho. Então logo ali na outra semana entraremos nesse barco, ou melhor, ônibus. De todas as oportunidades que já nos foi dada, essa mais do nunca nos faz ansiosos ainda mais, certo tipo de medo mais coragem acima de tudo. É bom dar um tempo pra cabeça, valorizar tudo aquilo e aqueles que nos dão valor, acredito que serão os seis dias mais rápidos das nossas vidas, ou os mais longos talvez. Mais indiferente de horas e quilômetros ver de perto o crescimento de um grupo inteiro, essa é a melhor recompensa que traremos na volta pra casa. Não tendo noticias novas coisas fofas e boas ações, eu Marcelli Neris dou por encerrada esta crônica. Bom humor é essencial! 

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Onde estão as idéias inovadoras? Ou... nossas SUPER ações


Se superar é uma arte invejável e contagiante. Seja o combate de uma mania ou a mudança de um simples hábito, algumas ações possuem um efeito transformador de tornar uma simples iniciativa em um fato marcante. Essa semana o mundo chegou aos 7 bilhões de habitantes e mesmo não conseguindo ter a idéia da grandiosidade de tal número, resta-nos a sensação de que tudo já foi pensado ou feito: onde estão os novos pensadores? Onde vivem os novos Freud's, Galileus e demais gênios de outrora? Onde estão as novas idéias que vão mudar o mundo e transformar para sempre o rumo da humanidade?






Nós viramos nossos gênios diários com o poder de mudar tudo o que vem pela frente, ao menos para a nossa vida. Na realidade, estamos vivenciando uma verdadeira crise filosófica, passando da expectativa das grandes idéias para o desafio das pequenas ações: aprender a ter paciência, tolerar mais os defeitos dos outros, conseguir confiar nas pessoas e seguir acreditando nos sonhos. Nunca fomos tantos, embora também nunca estivemos tão solitários e individualistas. Vencer esse encapsulamento diário certamente é um desafio genial, mesmo que nunca sejamos reconhecido por isso com um prêmio Nobel. Nossas genialidades se manifestam anonimamente em não desistir diante das pequenas coisas do cotidiano, em transformar ações em "SUPER-AÇÕES".






Dentre essas ações, não poderíamos deixar de citar o evento realizado no ultimo sábado dia 29 de outubro de 2011 no CTG Fronteira da Amizade : a I Costelada e II Baile do Sóbrio do CAPS de Porto União. Estiveram presentes autoridades, familiares, amigos, toda equipe de profissionais do CAPS e, claro, as estrelas da noite: o Grupo de Danças Tchecaps. Fizemos bonito, deu tudo certo, digo, nos superamos. Meses e meses de ensaio, onde todo esforço é dado por cada um, deixando de lado algumas particularidades e mudando nossos próprios horários para estarmos juntos. Sou suspeitíssima para falar, pois faço parte do grupo, mas, como fã, de fora vejo que realmente são brilhantes. Não há quem não brilhe e não se supere a cada apresentação, afinal, não é a toa que fomos convidados a representar o Brasil em Córdoba no 10° Congresso Internacional de Saúde Mental e Direitos Humanos.






No nosso grupo temos diversas dificuldades, que passam invisíveis aos olhos de quem vê de fora. Essa é a nossa intenção, ultrapassar e enfrentar tudo aquilo que nos travou um dia. Assim fizemos, o baile foi lindo, superou expectativas e emocionou. Maravilhoso é ver um projeto de tempos ser realizado com tanta cautela e eficiência. Eu, em nome de todos os usuários agradeço a equipe de profissionais do CAPS, é por toda credibilidade e competência de cada um deles que chegamos ao nível que estamos.






Toda ajuda e apoio foi muito bem vindo, obrigada a todas as pessoas comprometidas com o nosso evento. Digo NOSSO, porque é assim que sentimos. Porque apesar das diferenças, são nas pequenas ações como estas, que percebemos que não conseguimos nada sozinho, é sempre importante um apoio ou a mão de alguém para concretizar grandes realizações. Sendo assim, fomos contemplados e elogiados com glória, vale a pena todo esforço e dedicação, pois não há valor que pague a emoção que sentimos em receber sorrisos, aplausos e reconhecimento. Agora, nos resta continuar, temos mais algumas etapas pela frente e não há nada que nos faça desistir, nem desanimar.






Falta pouco, muito pouco, o que parecia tão distante agora está diante dos olhos, onde praticamente tocamos com as mãos. Faremos por merecer, acreditamos. Acreditar nos sonhos e nos milagres invisíveis, nos faz continuar acreditando também na humanidade, seja na solidão de nossos pensamento ou diante de 7 bilhões de expectadores. Acreditar que podemos mudar e podemos colocar nossos pensamentos e desejos em ação é uma genialiadade anônima e silenciosa que nos torna humanos... demasiadamente humanos. Diante das SUPERAÇÕES de cada dia.


Texto de Eduardo Ilha Bagolin / Marcelli Neris