quinta-feira, 15 de abril de 2010

Meus atos contraditórios

Gosto do que começa com fé, de pequenas coragens e do verbo seguir. Sabe aquela coisa, como se chama mesmo – esperança, isso, essa mesmo. Ter fé e ver coragem no amor, já dizia Rodrigo Amarante. Gosto disso tudo, mais só gosto por que em quesito prática sou literalmente do avesso. Controversa, talvez seja a palavra que me define no momento. Gosto de tudo, mais não faço nada. Não gosto de algumas coisas, e por vez, faço. Será confronto meu - mais com o quê? Com a vida! Justamente eu, que lutei tanto por ela. É chamamos isso de... De ... Insatisfação? Talvez! O fato é que basicamente uma lagoa não me contenta, essa tranqüilidade, calmaria, essa morgação. Contenta-me em certos momentos, mais preciso de mar agitado, rio transbordando. Preciso de ferozidade, enfrentar correntezas e sofrer naufrágios pra logo voltar a navegar, com sensação de problema mal resolvido, e amanhã tem mais. Essa é a vida que eu preciso. Eu consigo manter contato com poucas pessoas, meus únicos motivos de sorrir e pensar, digamos, e nelas me conforto e conforto todos os dias, tentando fazer meu papel de travesseiro e caixinha onde são depositadas segredos. Procuro ser forte e acabo que absorvendo toda negatividade que há nos outros, tendo as mesmas sensações, emoções seja elas de alegria ou sofrimento. Dizem que amigos são pra isso, pra todos os momentos, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, em todos os momentos da sua vida – (ah não, isso se promete diante de Deus, no matrimônio o dia mais importante da sua vida e bla bla bla). Se é tão importante, por que dura tão pouco tempo, se é prometido não deveria ser cumprido, palavras e atos são contraditórios, ser humanos são contraditórios. Deve ser por que a vida é isso, vivemos em uma montanha russa, uma hora feliz, outra hora triste. E quando se vive desacorçoado o tempo inteiro, fingindo felicidade onde realmente não existe? Ai isso, chamamos de caso grave estável, mais adrenalina aqui, por favor!

Porém diante de tantos “acho e não acho” no final o que realmente me faz feliz, é um dia nublado, casa fechada, frio, chuva fina, silêncio, reflexão, e ponderação. E dessa vez, alguém que eu possa chamar de travesseiro. Pronto, estou renovada!

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