segunda-feira, 31 de maio de 2010

Ou não toca (...)


Não! Eu não queria entender e nem queria compreensão naquilo tudo. O negócio por aqui é: CONFUSAO E IMCOMPREENSAO TOTAL.
É assim que é. Enquanto eu não entender nada, estará perfeito assim. A partir do momento em que me cair a ficha, e começar a entender meio tudo, aí meu filho, ai é tenso. Minhas emoções são sempre exatas, Clarice Lispector já dizia: Ou toca, ou não toca.
Mais ainda não seria inteiramente verdade.
Ou toca (em curto prazo).
Ou não toca (bem melhor assim)
Preferia que não houvesse OU TOCA e sim só o NÃO TOCA!
A questão não é agir com ironia, nem sarcasmo mais sem compreensão. As pessoas que passam por mim, provavelmente saem com um pequeno ou um total estado de não lucidez. Aquela coisa óbvia não me satisfaz, alias eu nem sei mais o que me satisfaz. É moleza não! Tenho confundindo todos a minha volta. E tenho feito de uma espontaneidade complexa. Porra! Queria acordar numa dessas manhãs quaisquer, com sol, sem sol, nublado, congelante tanto faz (mas eu prefiro nublado e extremamente congelante), e ter um ataque de impulsividade misturada à emoção, e que meu tremor neste dia não fosse de frio, e sim pela ansiedade de me deixar mostrar-se, e que minha razão cedesse à vez a emoção contida tanto tempo.
- Mas não dá, o frio é demais, não consigo. Ainda o que me mantém aquecida são os cobertores velhos que me enrolo toda, e saio arrastando por ai. Exatamente o que tenho feito com corações, “me enrolo toda, e saio arrastando”. Horrível, eu sou internamente deprimida com meus atos e minhas ações tão bem calculadas. E do contrario do que pensam, não sou egoísta. Mais todo mal que tenho feito (sem intenção alguma), de um jeito ou de outro eu sei que foram corretos, não no momento, mais depois. A males que vem para bens. Tantas e tantas vezes ouvimos a mesma frase, quando alguma coisa nos deixa triste ou não da certo. Quando crianças não entendemos porque coisas más em certos casos, são melhores pra gente. Tem crianças grandes que ainda não entendem isso. E o fato de eu achar que faço mal a todo mundo, é extremamente chato e decepcionante à mim mesma. Acontece que o ser humano espera demais, eu já aprendi a não esperar, e sim aproveitar o que me foi concebido. Por pouco tempo ou não. Mas ainda sim, todas as coisas que me são enviadas me surpreendem muito. E pelo mesmo motivo de eu não esperar, eu não gosto que traçem um ideal em mim, e que esperem muita coisa. Falando assim eu assusto e afasto Deus e o mundo de mim né? Ou não. Nem assim afasto pessoas de mim, pelo contrario parece que sou mais adoravél ainda. (Excruciante) Apesar dos pesares traço meus ideais, opiniões e penso sempre que o que se tem a fazer quando não se tem mais nada a fazer é confiar. Não em mim. Na vida em si, ou simplesmente naquilo que quiser confiar!

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