segunda-feira, 31 de maio de 2010

E me sinto feliz (...)

Me perguntam, assim, o que tu achas de tal coisa. Pô, eu não sei o que eu acho. Na hora eu acho uma coisa, meia hora depois eu posso achar outra. Eu não tenho opinião definida sobre nada. Não acho que isso seja insegurança. Acho que é abertura, acho que tudo é passível de uma outra interpretação. Eu fico completamente baratinado quando começam a me perguntar o que vai ser, o que vai acontecer com uma tal coisa. Sei lá, eu não sei onde é que eu vou estar amanhã. Eu sei o que eu to fazendo hoje, agora, o resto não interessa. Talvez o mal é que a gente pede amor o tempo todo. Não se preocupa nunca em dar amor, sem esperar reciprocidade.

- A gente ta se perdendo todos os dias, pedindo pra pessoas erradas. Mas o negócio é procurar. A gente não se entregar a qualquer tipo de amor ou de entrega. Eu nunca vi porque evitar a fossa. Se a fossa veio é porque tinha que vir, o negócio é viver e tentar esgotar ela. A gente, quando tenta analisar qualquer problema, sempre vai se aprofundando, aprofundando, até que chega nesse fundo que é amor sempre.


Caio Fernando Abreu
 
 
* Diria que não seria inteiramente exato, mais meias verdades me completam!

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