Prelúdio
No entanto (até no-entanto dizia agora) estava ali e era assim que se via. Era dentro disso que precisava mover-se sob o risco de. Não sobreviver, por exemplo - e queria? Enumerava frases como é-assim-que-as-coisas-são ou que-se-há-de-fazer-que-se-há-de-fazer ou apenas é o final-que-importa. E a cada dia ampliava-se na boca aquele gosto de morangos mofando, verde doentio guardado no fundo escuro de alguma gaveta.
(Caio Fernando Abreu)
(E tenho acreditado tanto nisso tudo. Em que as coisas são dum jeito porque têm que ser exatamente assim, e o que se há de fazer. Então a gente vai indo com as coisas, e mesmo aos trancos, poços, e imprevistos, vivemos dentro do que precisamos e não exatamente do que queremos. Nem tudo sai do jeito que queremos, frustrante. Temos nossos limites e traços rabiscados. Já dizia Rodrigo Amarante: E se eu for o primeiro a prever e poder desistir do que for dar errado.
Minhas desistências por incrivel que pareça foram meus maiores atos de coragem. A mesma coragem que reflete lá na frente me trazendo ainda mais coragem pra suportar as consequencias. Uma sequência que seja. Nem tudo precisa ser extremamente calculado, passos impulsivos dados ao escuro sem ter noção do que virá depois, também é agir com o coração! Só por hoje, dispenso a previsão!)
ah como é bom seguir o coração. Até que consigo ser racional em alguns momentos, mas quando meu coração entra na jogada ele lidera tudo.
ResponderExcluirQuando vejo já fiz, já fui ou até mesmo deixei de ir. O que o meu coração não faz é esquecer.
beijos
De qualquer modo, temos que seguir em frente, sempre. Nem sempre as coisas saem como queremos mesmo, então temos que ser feliz com o que temos; por enquanto. beijos.
ResponderExcluirMesmo que depois a gente veja que o coração é meio "burro", o melhor é segui-lo sempre que possível. Pode não funcionar sempre, mas até vermos que não está funcionando, é o caminho mais feliz de seguir.
ResponderExcluirBeijos