Nunca estive tão bem, tão leve literalmente. Como se a vida fosse suspensa e os pés não tocassem mais o chão, como uma espécie de tapete mágico, sabe? Incrível é a sensação do vento no rosto, da paz que vem de dentro misturada à euforia de fora. Ter controle sobre certas coisas às vezes pode ser tempo perdido, tão bom se jogar mergulhar cair de cara, se acontecer levanta a cabeça curativo na cara e tudo bem, normal é tropeçar no caminho. As pedras são enormes estão por todos os lados, na boca das pessoas ou no coração delas. ETA povo pra gorar hein! A felicidade alheia incomoda um pouco, ver os outros felizes bate uma inveja na gente, queremos sentir também e nada, nenhuma alegriazinha qualquer. Quando se quer demais alguma coisa, tudo demora tanto parece, espiritualmente falando. Legal é o inesperado, te pega te pijama ou com as calças na mão, não esperar não pedir deixar vir, é assim que tem que ser. Tem coisas na gente que fala mais alto, impaciência ou incompreensão, ouvir: espera o que for pra ser será, dá a impressão de tão longe; querer o que se quer não o que for pra ser. Fui assim, somos assim. Ninguém sabe que temos aquilo que merecemos, nem todo mal vem pra gente como castigo, é o que é. A gente suporta o fardo exato, nem uma gota a mais. Destas coisas eu entendo. Agora eu entendo experiência vivida. Pensando em tudo, não gosto de pensar em nada, o que passou ficou pra trás. Quero um passo à frente, dois passos à frente, quero dividir a vida com o agora e segurar este agora, para sempre. Gosto da sensação de pés no ar, enquanto eu estiver completamente em segurança, eu gosto e quero que dure uma vida. Somente uma vida! Um beijo, Marcelli Neris
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